"Cerca de 40% de todas as estrelas anãs-vermelhas têm uma Super-Terra orbitando em sua zona de habitabilidade, uma região que permite a existência de água líquida sobre a superfície do planeta", explicou o líder da equipe internacional, Xavier Bonfils.
De acordo com o astrônomo do Observatório de Ciências do Universo de Grenoble, na França, é possível dizer que “há dezenas de bilhões de planetas deste tipo só na nossa galáxia”, já que, a presença das anãs vermelhas é muito comum.
As observações foram feitas durante um período de seis anos no hemisfério sul levando em consideração uma amostra composta por 102 estelas anãs-vermelhas, e assim, os cientistas conseguiram detectar um total de nove Super-Terras.
Os astrônomos, neste período, estudaram a presença de diferentes planetas em torno das anãs-vermelhas e assim determinaram a frequência de Super-Terras, que atingiu a zona de habilidade de 41% em uma categoria que vai de 28% a 95%. A presença de planetas gigantes, similares em massa a Jupter e Saturno, não são tão comuns ao redor das anãs-vermelhas, com presença de apenas 12%.
De acordo com Stéphane Udry, do Observatório de Genebra, "a zona de habitabilidade em torno de uma anã-vermelha, onde a temperatura é apta para a existência de água líquida na superfície, está mais perto da estrela do que no caso da Terra em relação ao Sol".
Xavier Delfosse, do Instituto de Planetologia e Astrofísica de Grenoble, indicou que agora que se conhece a existência de muitas Super-Terras próximas, "espera-se que algum desses planetas passe em frente à sua estrela anfitriã durante sua órbita em torno desta".
"Isso abrirá a excitante possibilidade de estudar a atmosfera destes planetas e buscar sinais de vida", concluiu.
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