terça-feira, 13 de março de 2012

Longas viagens espaciais podem causar danos aos astronautas


Astronautas que passam mais de um mês no espaço costumam apresentar problemas no cérebro e nos olhos, divulgou pesquisa nesta terça-feira, dia 13, no Journal Radiology. Essa descoberta faz com que os planos de longas missões ao espaço possam ser repensadas.
A pesquisa analisou imagens de ressonância magnética de 27 astronautas que estiveram em média 108 dias no espaço, incluindo em missões nos ônibus espaciais como também na Estação Espacial Internacional, a ISS.
Os astronautas que estiveram mais de um mês no espaço ao longo de suas vidas, os pesquisadores puderam encontrar várias complicações parecidas a uma síndrome ocasionada por uma pressão cerebral não explicada no cérebro. 33% dos astronautas apresentaram fluído cérebro-espinhal em excesso ao redor do cérebro; 22% deles tiveram um achatamento da parte de trás do globo ocular; 15% do total sofreu um abalamento do nervo óptico e 11% dos astronautas apresentaram alterações na glândula pituitária.
"Hipertensão intracraniana induzida por microgravidade representa um fator de risco hipotético e uma limitação especial para viagens espaciais de longa duração", informou o principal autor do estudo, Larry Kramer, professor de diagnóstico e de intervenções na Escola de Medicina da Universidade do Texas, em Houston.
"Os achados da ressonância magnética revelaram várias combinações de anormalidades seguindo exposições à microgravidade tanto no curto quanto no longo prazo, também vistas em pessoas com hipertensão intracraniana idiopática".
A Nasa se mostrou bastante preocupada com a pesquisa, já que, perda da massa óssea, dores musculares temporárias e anormalidades nos nervos já eram sintomas conhecidos, para tanto, a recente pesquisa está causando preocupação com a saúde dos olhos dos astronautas.
"A Nasa colocou este problema no topo de sua lista de riscos humanos, iniciou um programa abrangente para estudar seus mecanismos e implicações e continuará monitorando de perto a situação", disse William Tarver, chefe de medicina clínica de voo no Centro Espacial Johnson, da Nasa.

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